Câncer de mama: vamos falar sobre isso?
Mês de outubro já está consolidado como o mês dedicado a estimular a detecção precoce do câncer de mama. Conhecido como Outubro Rosa, o movimento, lançado em 2008 pela FEMAMA, neste ano nos convida a falar sobre o tema:
“Câncer de mama: vamos falar sobre isso?”
Trazendo o assunto para o nosso universo, começamos nosso mês especial #outubrorosa falando da queda de cabelo, o efeito colateral mais traumatizante para os pacientes de câncer porque mexe com a autoconfiança e a autoestima.
Quem já teve ou conhece alguém que tenha tido a doença, sabe que até mesmo após seis meses do término da quimioterapia ela continua a ser lembrada devido a perda capilar. Por isso é importante falarmos sobre como ocorre a queda e sobre formas que já estão sendo avaliadas para controlar a queda e formas de como passar por esse período de forma mais confortável possível.
É muito importante respeitar os sentimentos da paciente durante esse momento delicado, pois muitas pessoas que passam pela quimioterapia podem ficar depressivas e com vergonha em relação à perda de cabelo. Para as mulheres o impacto da perda (mesmo que temporária) dos cabelos é muito significativa, uma vez que os cabelos possuem um grande poder na expressão feminina, afetando a identidade e a autoestima.
Porque acontece a queda dos cabelos?
A queda dos cabelos é um efeito colateral aos efeitos dos medicamentos usados na quimioterapia. Infelizmente apenas uma minoria dos pacientes consegue passar pela quimioterapia sem a queda dos pelos, a quimioterapia causa queda só dos cabelos, os pelos dos cílios, sobrancelha, axila, púbis e outros pelos do corpo também caem.
A quimioterapia é um tratamento que utiliza medicamentos para destruir as células doentes que formam o tumor. O princípio dos remédios que são usados na quimioterapia é atacar as células do corpo que se proliferam rapidamente, como as cancerosas. Estes medicamentos se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo, no entanto, não é um medicamento seletivo, ou seja, não tem “preferência” por uma célula ou outra, por isso ataca tanto as que estão “doentes” quanto às outras que se proliferam com rapidez.
Como ocorre?
Cabelo geralmente começa a cair entre duas a quatro semanas após o início do tratamento.
A queda pode ser muito rápida em tufos ou gradualmente, a perda continuará durante todo o tratamento e até algumas semanas após a finalização.
Felizmente a maior parte da perda de cabelo devido a quimioterapia é temporária. Por volta de três a seis meses após a finalização do tratamento, os cabelos se recuperam e voltam a crescer, a princípio os fios serão um pouco diferente do cabelo costumeiro, com cor e textura diferente, possivelmente mais encaracolado do que era antes e com uma tonalidade mais acinzentada, até as células de melanina voltarem a funcionar normalmente.
É possível evitar a queda?
Ainda não existe nenhum tratamento que possa garantir que não haja queda do cabelo durante ou após a quimioterapia.
Vários tratamentos têm sido investigados como possíveis formas de prevenir a perda de cabelo, incluindo a nova e controversa hipotermia couro cabeludo (crioterapia), usada pela apresentadora Sabrina Parlatore.
Durante as sessões de quimioterapia, capacetes são colocados em sua cabeça para diminuir o fluxo sanguíneo para o couro cabeludo. Desta forma, os medicamentos quimioterápicos são menos propensos a ter um efeito sobre o seu cabelo. O sistema é composto por uma unidade de refrigeração móvel e compacta, onde circula um líquido especial de refrigeração a -4ºC.
Estudos de hipotermia no couro cabeludo indicam que ele funciona para a maioria das pessoas dos usuários. No entanto, o procedimento não é indicado para todo o tipo de câncer, pois devido ao resfriamento da área, o couro cabeludo não recebe a mesma dose de medicamente quimioterápico como o resto do corpo. Além do desconforto e as dores de cabeça durante o uso do equipamento.
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