Celulite tem cura?
Afora os dizeres sobre a ~desproporcionalidade~ do derriére de Kim (aliás, não sabia que a gente tinha leis e padrão agora até para o tamanho máximo que seu bumbum pode ter), me incomodou demais outro ponto: o drama da celulite e das estrias. As pessoas simplesmente enlouqueceram com o fato de Kim ter celulite e estrias.
Tudo que a família Kardashian/Jenner faz vira notícia, de todas elas, a mais interessante ainda continua sendo a Kim, e apesar de ter sido amplamente criticada, sua atitude de não se incomodar com os comentários a respeito de suas celulites foi muito poderosa, uma vez que vivemos uma ditadura da beleza em que as mulheres que usam manequim 42 já se consideram acima do peso (o que é um absurdo).
E Kim aos 36 anos, está dentro das estatísticas, especialistas alegam que quase 100% das mulheres têm ou terão celulite a partir dos 30 anos de idade pelo menos, o que torna uma luta vencida.
A conta é muito simples: É mulher? Produz ou ingere estrogênio? Vai ter celulite!
O que é Celulite?
Lipodistrofia Ginóide é o nome técnico e correto da “celulite’, já que o termo também se refere à infecção bacteriana do subcutâneo, mas fora da esfera medica o termo já está consagrado. A celulite é uma alteração causada pelo acúmulo de gordura, água e toxinas nas células, fazendo com que essas células fiquem cheias e endurecidas, deixando o local com desníveis (ondulações e retrações) e nódulos, que se manifesta externamente através dos furinhos indesejados na e/ou em “casca de laranja”. É causada por alterações no tecido gorduroso sob a pele, em conjunto com alterações na microcirculação e consequente aumento do tecido fibroso.
A celulite não é uma condição médica grave, mas pode causar desconforto nas mulheres por causa da aparência que confere à pele.
Causas
Existem vários fatores para uma pessoa desenvolver celulite. O excesso de peso é um fator determinante, mas muitas mulheres que tem o peso normal, ou mesmo abaixo do normal, podem apresentar uma alteração no equilíbrio entre a quantidade de gordura do corpo e a massa muscular. Então, uma mulher magra pode ter uma proporção maior de gordura e menor de musculatura, mantendo normal ou baixo o seu peso final. Este excesso de gordura, associado à ação dos hormônios femininos e alterações na microcirculação e nos e linfáticos acabará formando celulite. Existe também fatores externos como pílula anticoncepcional, sedentarismo, fumar, consumir açúcares, amido, enfim, a maioria das atividades cotidianas e normais.
Celulite em 4 estágios
Para efeito de classificação, a celulite pode ser dividida em quatro estágios:
Grau 1: os furinhos só são percebidos quando a pele é comprimida. Pode aparecer até mesmo nas crianças, sendo mais comum nas adolescentes. A celulite é interna, não é vista ou sentida Os vasos estão mais permeáveis e as toxinas começam a se instalar Se a pele for apertada com força, vão aparecer furos minúsculos Se for tratada neste estágio, a possibilidade de melhora é de 100%.
Grau 2: os furinhos já são percebidos sem comprimir a pele. Passando a mão sobre a pele, já se percebe uma ondulação, sendo possível sentir alguns nódulos. A pele tem um aspecto acolchoado. O sistema linfático está comprometido. Se a pele for apertada, fica amarelada, porque há acúmulo de líquidos. É o começo da formação dos edemas. Surgem vasinhos arroxeados na região, graças à vazão de líquidos Não é preciso comprimir a pele para notar os furinhos Nesta fase, a chance de melhora é de até 80%.
Grau 3: os nódulos são bastante perceptíveis e têm consistência endurecida, demonstrando que já houve formação de fibrose. Pode haver dor. A superfície da pele tem aspecto de gomos visíveis e os nódulos podem ser sentidos ao toque
A pele está mal nutrida e pode haver desidratação dos tecidos. A textura torna-se áspera e os poros ficam dilatados. Surgem microvarizes, começam os primeiros sinais de dor e o inchaço é bem evidente. Com a circulação comprometida, sente-se a pele mais fria. Mesmo neste estágio, é possível melhorar o estado da celulite em cerca de 60%
Grau 4: A celulite fica evidente até mesmo sob as roupas. As fibras formam nós e as células de gordura se agrupam de tal forma que criam nódulos, prejudicando a circulação. Os nervos podem ser comprimidos, o que faz a região ficar endurecida e dolorida.
Como tratar a celulite
Como falamos lá no começo do texto, o pré-requisito pra ter celulite é ser mulher, então para reduzir ou mudar de estágio a sua celulite, o ideal é fazer uma combinação, atividade física, alimentação com menos açúcar, tratamentos tópicos e cremes. Nada funcionará sozinho.
Não se esqueça o consumo exagerado de sal além de reter líquidos é prejudicial para outras partes vitais do corpo, beba bastante água (no mínimo 8 copos por dia).
Accent: Aparelho de radiofrequência que aquece as camadas profundas da pele até 40ºC. O objetivo é estimular a queima de gordura e a fabricação de novas fibras de colágeno. De seis a oito sessões, feitas quinzenalmente.
VelaSmooth: Aparelho que combina sucção para estimular a circulação sanguínea, com luz infravermelha e radiofreqüência para destruir as células de gordura e as travas que formam a celulite. Cerca de 16 sessões.
Manthus: Aparelho de ultra-som que emite corrente elétrica e ondas ultra-sônicas para facilitar a eliminação da gordura. Pode ser usado em conjunto com o creme manipulado. Média de dez sessões (uma por semana).
Tri-Active: Laser de diodo que combina a massagem mecânica e o resfriamento localizado, o que estimula a circulação sanguínea e o fluxo de líquido no local afetado, reduzindo a celulite. De oito a 16 sessões.
Subcisão: Cirurgia para romper as fibras que tracionam a pele e causam os furos da celulite. A técnica tem comprovação científica, mas requer pós-operatório cuidadoso, com restrição ao sol por três meses. Há riscos de manchas, dependendo da pele da paciente.
Intradermoterapia (mesoterapia): Injeções de substâncias liporredutoras em áreas de gordura localizada. É uma técnica dolorosa, que provoca hematomas. No mínimo, dez sessões uma por semana ou a cada 15 dias.
Endermologia vibratória: Na endermologia tradicional, um aparelho a vácuo suga a pele do corpo todo. Na vibratória, o aparelho Cellutec, por meio de um cabeçote, vibra fortemente sobre a pele sem descolá-la, promovendo drenagem linfática, aumento da circulação, ativação e quebra das células de gordura. Recomendam- se dez sessões, uma por semana.
Carboxiterapia: Injeções de dióxido de carbono (CO2) em camadas profundas da pele que fazem o organismo oxigenar mais as regiões tratadas, promovendo a vasodilatação e, conseqüentemente, o aumento do metabolismo da gordura. O tratamento requer de 15 a 20 sessões, uma vez por semana.
Drenagem linfática: É uma técnica de massagem que tem por objetivo estimular o sistema linfático – uma rede complexa de vasos que movem fluidos pelo corpo, a drenagem também pode ser realizada para complementar outros tratamentos estéticos como a radiofrequência, por exemplo, e também é indicada no pós-operatório de cirurgia plástica.
E os cremes?
É só ir a uma farmácia que existem cremes dos mais variados custos e princípios ativos, e a pergunta sempre é a mesma, será que eles realmente funcionam??
A resposta é sim e não.
Cremes sem nenhum outro tratamento possuem eficácia abaixo de 10% no tratamento da celulite, mas combinada com outros tratamentos, os cremes serão de alta eficácia, principalmente no que se refere a hidratação e a aparência da pele tratada.
Boa noite.
Por favor, gostaria de saber quais (ou qual) tratamentos, dos citados acima , seria o mais indicado e mais eficiente para a celulite de grau 3/grau 4. Obrigada!
Olá Luisa!
O tratamento varia para cada caso, acho que o importante é sempre avaliar procedimentos que tenham respaldo médico, por isso recomendo que você pesquise no site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), sobre procedimentos e a possibilidade de técnica cirúrgica usada para o tratamento da celulite.
Leia mais no site da associação: https://www.sbcd.org.br/procedimentos/85
Muito obrigada por sua pergunta!