De Elvis a K-Rock: Como os cabelos são importantes para a música

O Dia “mundial” do rock, foi escolhido em homenagem à realização do Live Aid (concerto realizado em 1985 com a participação de grandes artistas do gênero, como Queen, Mick Jagger, Keith Richards, Ronnie Wood, Phil Collins, Elton John, Paul McCartney, David Bowie, U2 entre outros). Mundial está entre parêntesis porque essa data na verdade só existe no Brasil…

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Como já dizia o Língua de Trapo: “Entra década e crescem os cabelos, Sai década e encurtam os cabelos…” E o que seria do rock sem os seus penteados icônicos? Cada década ou ainda mais precisamente cada tribo expressa suas idéias sobre o mundo através de comportamentos, músicas, roupas e penteados.

Elvis Presley

O estilo de Elvis Presley mudou dramaticamente durante sua vida. Quando ele apareceu na cena musical dos anos 50 era completamente diferente de tudo que se via até então. O visual sexy e provocante era fruto da pintura nos cabelos. Bem diferente dos rapazes de sua época, o Rei do Rock era muito ousado e pintava os cabelos loiros de preto.

Os Beatles

Hoje pode parecer ridículo, mas antes dos Beatles os cabelos masculinos longos eram muito mal vistos. Nos Estados Unidos a expressão longhair era aplicada pejorativamente e designava os “marginais”, artistas, músicos alternativos, beatnicks e outros boêmios.

Em 1960 os Beatles já uma banda famosa em Liverpool foram contratados para uma série de show na Alemanha (Hamburgo) e lá conheceram 2 pessoas que tiveram um efeito profundo na carreira deles como ícones e lançadores de tendência: Astrid Kirchherr and Jürgen Vollmer. Astrid era fotógrafa e além de tirar as primeiras fotos profissionais do grupo também se apaixonou perdidamente pelo então baixista Stu Sutcliffe. Um belo dia Astrid fez um penteado novo no seu amado Stu (era um visual que os universitários da cidade estavam usando). Ela passou gel e penteou os cabelos dele para frente cobrindo a testa.

Paul, George e John acharam esquisito, e só se renderam ao penteado em 1961 quando reencontraram o amigo Jürgen em Paris e pediram para que ele fizesse o corte “radical”.

O nome desse corte era MopTop, e ficou tão popular que durante a beatlemania que eram vendidas perucas imitando o corte dos rapazes de Liverpool. Em 1963, o corte já era tão parte da persona da banda que a imprensa britânica se referia a eles como os “quatro moptops”.

Movimento Hippie

Da a fase engomadinha do início da década ao final dos anos 60 e o festival de Woodstok representou uma mudança cultura e capilar da juventude.

Hair (1968 – 1972 Broadway)

Produto da contracultura hippie e da revolução sexual dos anos 60, muitas de suas canções tornaram-se hinos dos movimentos populares anti-Guerra do Vietnã nos Estados Unidos.

A profanação de valores embutida no musical, sua descrição do uso de drogas ilegais, tratamento da sexualidade, irreverência pela bandeira nacional e uma cena de nu explícito, causaram enorme controvérsia. Além claro dos cabelos longos nos homens, mulheres saindo da pressão de estarem vestidas como bonecas.

Anos 70

O cabelo comprido, em geral já estava associado antes a vikings e alguns rebeldes, mas vamos combinar, o cabelo longo mesmo começou nos anos sessenta. Ele tornou-se moda dentro desse período, quando a rock psicodélico começou a ser mais forte. (Como falamos acima, no final dos anos 60, os Beatles tornaram o cabelo curtíssimo fora de moda.) O cabelo longo tornou-se um símbolo de status do movimento de contracultura.

O cabelo comprido separava você das pessoas normais. Era uma declaração de intenções.

O metal evoluiu para além de gênero musical e os longos continuavam a moda. No final dos anos setenta e na década de oitenta, tornou-se popular vestir roupas extravagantes em todos os gêneros de música – o metal não era exceção e eles adotaram roupas extravagantes para separá-los do resto.

Punk e Gótico

O movimento Punk surgiu na Inglaterra, como forma de protesto, por volta da década de 70 e se estende até hoje, ele é um movimento cultural e musical. Nessa época, o mundo se encontrava no auge da Guerra Fria. Haviam jovens pobres e desempregados que defendiam a liberdade social e o anarquismo. Esses jovens começaram a agir de forma agressiva, chocando a sociedade.

 

O ‘estilo’ punk, colérico e descuidado dos Sex Pistols foi consequência de um acidente. Sid Vicious tinha uma calça de gabardine rosa destruída por algum viciado em busca de drogas. Ele apareceu assim na loja da estilista Vivienne Westwood, na King’s Road, 430, no Chelsea, com a calça presa por um alfinete de segurança. Assim ela teve o estalo.

 

O movimento gótico (ou pós punk) geralmente escolhia seu visual com roupas escuras, góticas e assustadoras que refletiram a natureza escura de suas músicas. Cabelos com muito gel completavam o visual.

Anos 80 – Hair Metal Bands

Aí, se fez o laquê…  O que é o ‘Hair Metal’? Um gênero de música habitada por estrelas glam rock dos anos 80 que passam tanto ou mais tempo no cabelo e na maquiagem do que escrevendo de suas músicas. Ser rotulada como uma “Hair Band” tem definitivamente conotações negativas, mas obviamente algumas eram mais talentosas do que outros.

Com visual extravagante e baseado nos agudos essas bandas se tornaram perfeitas para o formato de single em vídeo, bandas como Def Leppard, Quiet Riot, Twisted Sister e Ratt devem sua fama muito mais ao glam rock britânico ou ao Aerosmith do que ao Black Sabbath. Em qualquer outra época, eles poderiam ter sido rotulados como “hard rock”, mas em algum momento alguém cunhou com o termo provavelmente pejorativo “hair-metal”, e o nome ficou pegou.

Tal como a música, pelo menos durante o resto da década – e a maior parte dela ficou cada vez mais careta e pré-fabricada, até que apareceram as camisas de flanela…

Grunge

A estética grunge é despojada em comparação a outras formas de rock e muitos músicos grunge destacaram-se pela sua aparência desleixada e por rejeitarem a teatralidade em suas performances.

Ao contrário da crença popular, os penteados do grunge não requerem cabelos sujos ou gordurosos. Mas certamente não vamos julgá-lo se você decidir ignorar uma sessão de shampoo e chamá-la de inspiração dos anos 90.

O termo “grunge” foi originalmente usado em referência a um subgênero de rock alternativo desenvolvido por bandas como Nirvana, Stone Temple Pilots e Pearl Jam, também é acabou sendo usado para descrever a estilos de cabelo, maquiagem e roupas que acompanhavam esse boom musical. Na época, ícones como Liv Tyler, Drew Barrymore, and Johnny Depp ajudaram a solidificar os parâmetros dessa vibe “desgrenhado-chic”. Embora o visual do grunge pudesse tomar horas no salão e a ajuda de profissionais de beleza para completar, o produto acabado deveria parecer propositalmente bagunçado e despreocupado.

K-Rock

E será da Coreia que virá a salvação para o Rock! Nós já começamos a ouvir muito sobre as bandas de K-Pop por aqui, mas existe uma cena gigante de K-rock, ainda o rock coreano não possui a visibilidade mundial que o k-pop, mas o número de bandas de k-rock é bem grande e muitas são conhecidas pelos coreanos e em breve serão sucesso por aqui assim como o k-pop!

Com fortes sons de rock e melodias envolventes, as bandas estão trazendo algo novo e muito exclusivo para a paisagem musical da Coréia. E o visual, como vocês podem ver é dos mais variados.

Bandas como CNBlue, The Rocktigers, Huckleberry Finn, Vanilla Unity, Guckkasten são algumas que merecem a sua atenção.

E para você qual é o cabelo mais rock’n roll?

 

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Claudia Santos

Claudia Santos

Claudia Santos é designer com experiência em várias disciplinas da área principalmente na área de desenvolvimento de produtos, moda, esportes e cultura. Formada em Comunicação Social pelo Instituto Metodista de Ensino Superior, tem extensão universitária em Marketing Cultural pela Universidade Anhembi Morumbi.

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